Segundo um relatório do Instituto da Droga e da Toxicodependência, divulgado esta sexta-feira, a procura de tratamento da toxicodependência «abrandou» em Portugal no ano passado.
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O número de toxicodependentes à procura de tratamento diminuiu em 2002.
O presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência, Fernando Negrão, admitiu que esta tendência poderá estar relacionada com a diminuição de novos casos de consumo de heroína que é a principal droga nos doentes em tratamento.
«Está a envelhecer a população dependente da heroína, estão a estabilizar os consumos de heroína, estamos a fazer o caminho da descida dos números dos dependentes da heroína, isto é, diminui o número de primeiras consultas e aumentam o número de consultas de continuidade», disse Fernando Negrão.
No entanto, o presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência não deixou de sublinhar que Portugal continua a ser o segundo país com o maior número de consumidores problemáticos da União Europeia.
O último relatório do Instituto da Droga e da Toxicodependência dá conta de 156 mortes por overdose em 2002.
O Instituto concluiu que estas mortes relacionadas com o consumo excessivo de drogas diminuíram para menos de metade em três anos.
Em contrapartida, o incremento de novas drogas, designadamente as sintéticas, e os consumos combinados com outras substâncias ilícitas e lícitas, como o álcool, têm vindo a preocupar os responsáveis pela área da toxicodependência, que estudam novas respostas no âmbito do tratamento.