Chama-se «Projecto Pulsar» e surgiu de um convite da agência espacial norte-americana (NASA) a várias escolas de Portugal. O objectivo é levar produtos portugueses para o Espaço a bordo de um vaivém da NASA e ver que alterações poderão sofrer.
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Em Novembro, vários produtos portugueses seguem a caminho do Espaço: desde o hipericão do Gerês aos vinhos do Porto e Madeira, vários alimentos vão para o Espaço a bordo de um vaivém da NASA. A ideia é da agência espacial norte-americana, que convidou várias escolas de Portugal a participarem no «Projecto Pulsar».
Alunos e professores dessas escolas explicaram, esta sexta-feira, as várias experiências que vão ser feitas no Espaço. Ana Noronha, responsável da agência «Ciência Viva» que coordena esta acção, explica que este projecto «permite fazer pontes mais directas com a ciência e a tecnologia mais recente, como por exemplo, um polímero, um holograma».
«O holograma é, ele próprio, uma experiência de Física. O holograma tem uma 'folhinha' de alumínio muito 'fininha' e depois, quando vier do Espaço, vamos ver que impactos é que houve de partículas e ter uma ideia da radiação. É uma experiência científica», acrescenta Ana Noronha, em declarações à TSF.
O grande objectivo do projecto «Pulsar» é transmitir conhecimentos aos alunos e professores das 12 escolas que aceitaram o desafio e que podem mesmo partir um medronheiro, como explica o professor de Biologia, David Loureiro.
«Desta sementeira, vamos até dar algumas plantas aos miúdos para eles levarem para casa e, digamos, começarem já a adaptarem-se ao crescimento dessa planta. É para verem, de facto, a diferença que pode ocorrer quando forem semear mais tarde, a semente que vier do Espaço», explica o professor à TSF.
Alunos curiosos com prováveis alterações nos produtos
Os alunos estão curiosos, nomeadamente quanto aos impactos que podem ser produzidos nos produtos. Pedro, estudante do 11º ano, está desejoso de saber que alterações é que esse podem sofrer.
«Curiosidade específica é mais a nível químico, porque penso que as alterações feitas não serão físicas, visivelmente, serão sim mais a nível químico», diz o Pedro à TSF.
Os produtos portugueses, e ainda alguns norte-americanos e marroquinos, vão bem fechados numa espécie de barril, dentro do vaivém que em Novembro parte para o Espaço, onde ficarão entre dez a 12 dias. Essa missão também teve direito a um logotipo, que foi idealizado pelo Paulo e a Sofia, dois alunos de nove anos da Figueira da Foz.
«Primeiro pensei na nave, depois pensei no planeta e depois surgiu-me a ideia de fazer o hipericão», disse o Paulo à TSF, enquanto a Sofia afirmava que começou por ver «quais eram as cores que ficavam melhor no desenho».