O PS aceita que Alberto Costa vá ao Parlamento explicar as declarações do Procurador-Geral da República feitas ao semanário Sol. Já em relação a Pinto Monteiro, os socialistas desvalorizam a sua ida à Assembleia da República, sublinhando que é preciso analisar melhor o caso.
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O PS aceita que Alberto Costa vá ao Parlamento explicar as declarações do Procurador-Geral da República que, este fim-de-semana, em entrevista ao semanário Sol, alertou para o excesso de escutas telefónicas, admitindo que, ele próprio, possa estar a ser escutado.
Estas afirmações causaram polémica, com PCP e CDS-PP a pedirem de imediato a presença de Pinto Monteiro e do ministro da Justiça no Parlamento.
No Fórum TSF, o deputado socialista Ricardo Rodrigues afirmou que o PS não se opõe à chamada do ministro, mas sublinhou que, em relação a Pinto Monteiro, é preciso analisar melhor a questão.
«A ida do sr.ministro da Justiça decorrerá dentro da normalidade, já que está habituado a ir ao Parlamento», disse, acrescentando que Alberto Costa «irá sem dificuldades porque é da competência da assembleia da República a fiscalização dos actos políticos do Governo».
Em relação ao PGR, acrescentou, «não me parece que haja algum dado novo para podermos achar que esteja algo em causa, mas vamos avaliar a situação».
Apesar de desvalorizar as afirmações de Pinto Monteiro, Ricardo Rodrigues defendeu que «a escuta telefónica é um bom meio de investigação, mas não está à mão de todo e qualquer operador judicial», sublinhando que «não é propriamente a forma de se investigar».