O ambiente de agitação do PS e o próximo congresso dominaram as conversas do jantar de Natal dos socialistas. Almeida Santos considera que «não há alternativa a Guterres», Ferro Rodrigues diz que quem faz críticas devia avançar e dar a cara.
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António Guterres participou ontem no jantar de Natal do PS. O ambiente de agitação do partido e o próximo congresso socialista, foram alguns dos temas discutidos.
Almeida Santos discorda com a ideia de que é necessário existir uma ruptura dentro do partido. Para o presidente do partido, António Guterres é o único candidato a líder.
«Dentro do PS sempre houve liberdade critica. O que é preciso é que a crítica seja leal. Quando não é leal não reagimos da mesma maneira», considerou à TSF.
«Acho que António Guterres não tem alternativa dentro do PS e tenho quase a certeza de que não vai aparecer uma alternativa a Guterres», sublinhou, acrescentando que «Estamos sempre abertos a discutir as nossas ideias, mas neste momento discutir a pessoa de António Gueterres era um suicídio político», afirmou Almeida Santos durante o jantar de Natal.
Ferro Rodrigues também falou sobre o ambiente de agitação do partido e disse que quem faz críticas devia avançar e dar a cara.
«Quem tiver opiniões divergentes, do ponto de vista estratégico, de como o PS deve ser conduzido, deverá não apenas apresentar moções estratégicas genéricas, mas completar essas moções com alternativas globais em matéria de direcção», criticou.
«Acho que devia ser assim, mas admito que haja pessoas que apenas queiram exprimir uma posição divergente do ponto de vista político, táctico e estratégico e não queira daí tirar consequências no plano das estruturas dirigentes do partido», apontou Ferro Rodrigues.