Vitalino Canas, porta-voz do PS, considerou que foi complicado aplicar a lei referente ao financiamento dos partidos aquando das legislativas por causa do facto esta ser recente na altura, O CDS, através de Martim Borges de Freitas, também falou nestas dificuldades.
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O porta-voz do PS assegurou que o seu partido tudo tem feito para cumprir a nova legislação referente ao financiamento dos partidos, sublinhando que foi complicado cumpri-la aquando das legislativas porque a lei era recente.
Em declarações à TSF, Vitalino Canas sublinhou que a nova legislação é «bastante mais rigorosa e exigente» do que a que existia anteriormente e que os partidos estão a fazer grandes esforços para se adaptar à nova lei.
«Tem havido uma evolução positiva no que diz respeito à transparência das suas contas, embora continue a haver algumas irregularidades», acrescentou o porta-voz dos socialistas, que acredita que os partidos vão «melhorar essa forma de cumprir a lei».
O secretário-geral do CDS-PP também sublinhou as dificuldades de cumprimento da nova legislação, lembrando que os partidos têm dificuldades em mudar de funcionamento quando estão habituados a outras regras.
«É preciso perceber que um partido político têm concelhias e distritais e que, no caso do CDS, não há funcionários nas concelhias e nas distritais. É perfeitamente normal que as pessoas que estejam à frente dessas estruturas locais, bem como a nível central, às vezes, não tenham a noção de como se devem aplicar as regras contabilísticas», explicou Martim Borges de Freitas.
O dirigente centrista adiantou mesmo que para que uma concelhia apresente os seus movimentos financeiros, ainda que sejam mínimos, tem de apresentar qualquer coisa nove mapas contabilísticos.
«É muito difícil para pessoas que não estão nada viradas para a questão contabilística mudar de um dia para o outro de panorama», concluiu.
Segundo o Tribunal Constitutcional, PS e CDS-PP não apresentaram dados relativos ao financiamento de campanhas eleitorais através da angariação de fundos.