Jaime Gama disse à TSF que o PS não poder ser uma «capelinha ideológica» e tem de dar espaço a perspectivas diferenciadas. O presidente da Assembleia da República aconselhou ainda aos partidos políticos que mantenham um «contacto maior com a população».
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O socialista Jaime Gama considerou que o Partido Socialista, que este sábado comemora 35 anos de existência, não poder ser uma «capelinha ideológica» e tem de dar espaço para perspectivas diferenciadas.
Em declarações à TSF, o presidente da Assembleia da República recordou que as pessoas que estiveram na origem do partido «vinham de trajectos diferentes» e agregaram-se, tendo sempre «a noção que o PS era um partido vocacionado para ter muitos adeptos e eleitores».
O PS «tem de dar um espaço interno para perspectivas diferenciadas, num quadro de uma convergência prática e global», porque «é isso que faz o tipo de intervenção dos grandes partidos», adiantou.
O socialista frisou que, como segunda figura do Estado, tem se «ter sempre a abertura suficiente para compreender os que não compreendem».
«Em relação àquilo que é o papel das forças políticas na sociedade portuguesa, considero que estamos num momento em que elas também se devem empenhar numa descida ao concreto, num contacto maior com a população e numa comunicação mais intensa», acrescentou.
Para Jaime Gama, esta «descida ao concreto» não visa ceder às «mensagens locais ou de rua», mas sim «reelaborar e construir plataformas politicas suficientemente responsáveis, modernas e coerentes, para dar resposta aos problemas sociais, económicos e políticos».