O PS quer que o PSD esclareça onde vai buscar o dinheiro para financiar a mudança do actual sistema de Segurança Social para aquele que propõe. Vitaliano Canas defende que o acordo nesta matéria que o PSD propõe «continua incompleto».
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O PS desafiou, este domingo, o PSD a quantificar os custos financeiros da sua proposta de reforma da Segurança Social, designadamente no período de transição entre o actual e o eventual novo sistema.
O porta-voz dos socialistas explicou que o repto lançado pelos sociais-democratas «não é novo» e frisou que a proposta do PSD «continua incompleta», nomeadamente em alguns «aspectos essenciais».
«Como a sua proposta representa uma mudança de paradigma face ao actual sistema e obriga a um período de transição, o PSD ainda não explicou como vai buscar o dinheiro para financiar esse período de transição, sobre tudo numa altura em que o país enfrenta sérios constrangimentos orçamentais», sublinhou Vitalino Canas.
Para o porta-voz do PS, Marques Mendes «comete dois erros graves» quando se pronuncia sobre a actual situação económica do país e quando se refere ao crescimento económico actual do país.
«Dá a impressão que o líder do PSD pensa que basta fazer estalar os dedos para que o país comece a crescer três por cento, o que não é verdade. Para isso, o Governo terá ainda de prosseguir as suas reformas no sector público, estimular o investimento privado e facilitar as condições de funcionamento das empresas», concluiu.
Em declarações à TSF, Vitalino Canas defendeu mesmo que as propostas do PSD «têm de ser analisadas com cuidado», pois algumas destas «ou não são viáveis, ou não são suficientemente pensadas».
O porta-voz do PS considerou ainda que Marques Mendes está «isolado» ao não reconhecer que o país está melhor a nível económico, pois «está a dar os passos correctos a caminho de um crescimento sustentado».
«Pela primeira vez, desde há vários anos os analistas e as agências internacionais são unânimes em considerar que Portugal está no bom caminho e que o crescimento económico vai ser superior ao que era previsível», lembrou.