O PS rejeitou, esta quarta-feira, qualquer recuo do Governo relativamente ao processo de avaliação dos professores, alegando que as «soluções flexíveis» já estavam presentes em documentos enviados às escolas no final de Fevereiro.
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A deputada do PS, Isabel Coutinho, que falava no Parlamento, disse que «não há recuo do Ministério da Educação, nem do Governo», acrescentando que «a avaliação de desempenho é para aplicar e as soluções flexíveis já estavam presentes
nos documentos e na circular que foi para as escolas a 26 de Fevereiro».
Isabel Coutinho respondia às críticas vindas bancadas do Partido Ecologista "Os verdes", BE, PCP, PSD e CDS sobre o processo de avaliação de desempenho dos professores e a manifestação de cem mil professores no sábado.
A primeira intervenção coube à deputada d' Os Verdes Heloísa Apolónia, que classificou a manifestação dos 100 mil professores no sábado como um dia «histórico», que deu «sinais inequívocos» de que «o povo reclama outra
governação».
Pelo BE, a deputada Ana Drago recordou igualmente a manifestação de sábado, considerando que se tratou de uma «forte e inequívoca moção de censura ao Governo do PS».
Uma mobilização que, para Ana Drago, já teve efeitos, nomeadamente com o anúncio do ministério da Educação na terça-feira de que «vai permitir soluções flexíveis no âmbito da avaliação de desempenho dos docentes».
O deputado do PCP Miguel Tiago retomou também o tema da avaliação dos professores, lamentando que, em vez de promover o bom funcionamento da escola, o Governo seja ele próprio «factor de instabilidade e entropia».
O deputado do PSD Emídio Guerreiro deixou também duras críticas às opções políticas do Governo em matéria de Educação, considerando que existem «actos de incompetência pura».
«Já todo o país percebeu que algo está muito errado nas opções políticas do Governo», disse.