O PSD quer um novo hospital pediátrico para o Porto e para o norte do país. Os social-democratas já entregaram à Administração Regional de Saúde do Norte um documento que alerta para a ausência de um hospital pediátrico em toda a região.
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O PSD diz que não aceita que o Centro Materno Infantil do Norte (CMIN) seja dividido em três pólos, envolvendo três unidades do Porto, tal como pretende a Administração Regional de Saúde.
«A proposta da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS/Norte) não passa de uma simples requalificação de serviços [do Hospital de Santo António e da Maternidade Júlio Diniz] e não corresponde minimamente à construção do centro materno-infantil do Norte, prometido há mais de 30 anos», afirmou Rui Nunes, anterior responsável da Entidade Reguladora da Saúde e actual porta-voz do PSD/Porto para o sector.
A ARS/Norte apresentou no dia 14 os resultados do estudo realizado sobre esta matéria, por ordem do Governo, que determina que o CMIN vai ficar dividido em três pólos, no Porto, e deverá estar concluído em finais de 2009 ou inícios de 2010, a um custo de 27,3 milhões de euros.
A proposta, que se encontra no período de dez dias de debate público, prevê que o centro ficará instalado na Maternidade Júlio Dinis, no Hospital de Santo António e numa estrutura a construir de raiz junto a esta unidade, em terrenos do antigo Centro de Instrução de Condutores-Auto do Porto (CICAP).
Rui Nunes considera que a solução encontrada pela comissão, que elaborou o projecto, está muito longe de ser a mais acertada.
O social-democrata diz ainda que não acredita que o Governo recue na decisão, mas mesmo assim faz questão de lançar o alerta.
«Honestamente não acreditamos que o Governo recue, porque já em Janeiro deste ano o ministro da Saúde dizia que a nova maternidade ia ser construída nos terrenos que já existem e não no Hospital de São João, ou seja, a decisão política já estava tomada e o estudo veio apenas corroborar essa decisão», afirma.
«Mas isso não impede o PSD de abrir os olhos à população, e de salientar que o CMIN que foi prometido de facto não vai ser construído», conclui.