O PSD defendeu o aproveitamento «até à exaustão» do aeroporto da Portela e a construção faseada de um novo aeroporto em Alcochete. No Conselho Nacional do partido, foi ainda decidido apoiar a aprovação por via parlamentar do Tratado de Lisboa.
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O PSD defendeu, este sábado, o aproveitamento «até à exaustão» do aeroporto da Portela e a construção de uma segunda estrutura em Alcochete de forma faseada e de acordo com as necessidades.
Esta «clarificação» foi dada no segundo Conselho Nacional do partido da presidência de Luís Filipe Menezes, que se realizou em Bragança, em cumprimento de uma promessa feita a esta cidade durante a campanha eleitoral do actual presidente do PSD.
Após esta reunião, o porta-voz do partido disse que o «país tem de rentabilizar até à exaustão os cerca de 400 milhões de euros que têm sido investidos nos últimos anos no actual aeroporto de Lisboa».
«Entendemos que com os dados que temos em cima da mesa, a solução da margem sul, nomeadamente em Alcochete, é em princípio aquela que melhor defende o conjunto de interesses que estão em causa», acrescentou Ribau Esteves.
O porta-voz do PSD adiantou ainda que «essa nova solução deve ser construída de forma faseada para acompanhar por um lado, o crescimento do tráfego, e por outro, a tal rentabilização» da Portela.
Ribau Esteves classificou de «surrealista» o facto de o Governo ainda não ter emitido qualquer decisão sobre este assunto apesar de ter «todos os instrumentos de análise técnica e de decisão política».
Sobre o Tratado de Lisboa, o PSD confirmou que pretende a aprovação do documento no parlamento «por motivos de interesse nacional, por motivos que têm a ver com a relação de preocupação dos portugueses com a Europa».
Para Ribau Esteves, o facto de haver outros assuntos mais importantes para os portugueses como o desemprego, impostos, segurança, educação, saúde e justiça também justificam a pretensão por uma aprovação em sede parlamentar.
«Olhando também à concertação de interesses entre os 27 Estados europeus que a opção correcta de Portugal é aprovar o tratado em sede parlamentar com a tranquilidade que temos de que os portugueses se vão rever bem nessa decisão», adiantou.
O porta-voz do PSD aludiu ainda a uma divergência ainda existente entre o seu partido e o PS no que toca à lei eleitoral autárquica e que tem a ver com o facto de os presidente das Juntas de Freguesias não votaram os orçamentos das câmaras municipais.
Nesta reunião foi ainda aprovada por unanimidade os princípios da reforma do partido que prevêem a alienação de património, mas não clarificam a venda da sede nacional dos sociais-democratas.