O PSD desistiu da tentativa de que o líder social-democrata, Luís Filipe Menezes, viesse a ocupar um lugar no Conselho de Estado. A decisão dos sociais-democratas foi anunciada, esta terça-feira, na Assembleia da República.
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Este assunto foi transformado «num conflito sem qualquer sentido», considera o PSD, que por isso desiste de colocar o líder do partido no órgão consultivo do presidente da República.
Nas entrelinhas, os sociais-democratas responsabilizam António Capucho por este ter inviabilizado o consenso parlamentar que permitisse uma solução legal para a entrada de Luís Filipe Menezes no Conselho de Estado.
Na nota da direcção do partido está escrito que apesar dos contactos parlamentares entre PS e PSD sugerirem uma solução possível «outras intervenções públicas transformaram um assunto banal numa querela despropositada e sem sentido».
Por este motivo, os sociais-democratas rejeitam continuar o debate, mesmo sublinhando a abertura do PS. O comunicado foi distribuído menos de meia hora depois de Alberto Martins, o líder parlamentar socialista, salientar a vontade de resolver o problema.
«Da nossa parte já contactámos os dois elementos propostos pelo PS, o professor Gomes Canotilho e o doutor Vera Jardim que manifestaram disponibilidade de não substituição», adiantou.
A proposta se chegou a ser escrita não vai ser sequer apresentada e o PSD na nota do secretário-geral, Ribau Esteves, até garante que nunca reivindicou a presença de Luís Filipe Menezes no Conselho de Estado.
O texto diz agora que tal presença não é sequer essencial para que o partido se afirme como alternativa ao PS, «desobrigando» o grupo parlamentar do PSD de trabalhar uma solução legal.