A Quercus apresentou queixa à comissária europeia do ambiente contra a Câmara de Viana do Castelo, acusando-a de ter destruído uma duna primária em Carreço para construir no local um parque de estacionamento.
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A associação ambientalista Quercus (Associação Nacional de Conservação da Natureza), apresentou uma queixa à comissária europeia do ambiente contra a Câmara de Viana do Castelo, acusando-a de ter destruído uma duna primária em Carreço, com a construção de um parque de estacionamento.
Na queixa, a Quercus, acusa o caso, dizendo que é muito grave porque a duna, situada na Praia do Camarido, está integrada no projecto Corine Biótopo, da Rede Natura 2000.
Esta duna já estava «fragilizada» desde 1991, quando lhe foi «retirada grande quantidade de areia para instalação dos colectores do saneamento de Carreço», mas, em vez de a recuperar, a Câmara «acabou por a destruir de vez, com a construção, em Junho de 2000, de um parque de estacionamento em cima dela», acrescenta a Quercus.
Os ambientalistas acusam a Câmara referindo que «não se compreende como entidades responsáveis optaram pela destruição da duna em vez de a recuperarem» e solicitam à comissária europeia do ambiente uma tomada de posição «para se refazer o cordão dunar e repor a legalidade, de acordo com as normas comunitárias».
O vereador do Ambiente na Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, disse que a intervenção em causa visou a requalificação daquela zona, «que durante muitos anos esteve transformada num depósito de entulho».
Com esta obra «limpou-se o entulho, ordenou-se o espaço de estacionamento, criaram-se circuitos pedonais e salvaguardaram-se os recursos sensíveis existentes, pelo que não entendemos esta posição alarmista da Quercus», defendeu José Maria Costa.
O vereador concluiu e assegurou que esta intervenção só teve razão de existir depois de se fazer um estudo prévio feito por técnicos do ministério do Ambiente, no âmbito do Plano de Ordenamento da Orla Costeira.