O rastreio do cancro da próstata continua até ao fim do ano no Hospital do Desterro, em Lisboa. Os especialistas tentam reduzir as 1600 mortes provocadas todos os anos por esta doença.
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O Hospital do Desterro, em Lisboa, vai continuar a fazer até ao fim do ano o rastreio do cancro da próstata. Até agora já foram feitos 1900 diagnósticos no estabelecimento hospitalar tendo sido apurados cerca de 3 por cento de casos positivos.
Segundo dados da Direcção Geral de Saúde, o cancro da próstata mata cerca de 1600 pessoas por ano e a forma de tentar reduzir o número de mortes é realizar o maior número de diagnósticos precoces.
«Está provado que quanto mais cedo se conseguir diagnosticar, maiores são as possibilidadees de alcançar a cura», afirmou Calais da Silva, director do Serviço de Urologia do Hospital do Desterro.
Para este urologista, continua a ser necessário alertar a população masculina para o perigo deste cancro, principalmente para indíviduos a partir dos 50 anos, já que é nesta idade que o tratamento tem maior garantia de sucesso.
Calais da Silva assinala também uma evolução positiva nas preocupações com o cancro da próstata. «Nota-se que a população masculina está em geral mais alertada para os problemas da próstata», afirmou o director do Serviço de Urologia do Hospital do Desterro.
Na grupo de risco das pessoas que poderão vir a ter problemas na próstata estão também indivíduos a partir dos 45 anos com antecedentes familiares neste tipo de doenças. Os especialistas aconselham um rastreio anual a este tipo de pessoas.
O cancro da próstata provoca em 60 por cento dos casos disfunções sexuais, podendo também dar origem à incontinência urinária.