Os 25 países da União Europeia chegaram, esta quinta-feira, ao consenso ao adiar para meados de 2007 o processo de ratificação da Constituição europeia, anunciou o presidente em exercício da UE, Jean-Claude Juncker.
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Apesar da pausa no processo de ratificação da Constituição Europeia, acordada pelos países da União Europeia, o primeiro-ministro luxemburguês excluiu qualquer tipo de "renegociação" do Tratado.
Em nome do Conselho, da Comissão e do Parlamento, Jean-Claude Juncker anunciou que o processo de ratificação "deve continuar", porque "não há um Tratado melhor".
As declarações de Jean-Claude Juncker foram realizadas na conferência de imprensa que se seguiu ao jantar de quinta-feira dos líderes europeus.
Assim, os 25 países da União Europeia decidiram parar para reflectir e prolongar o prazo para além de Novembro de 2006, o horizonte temporal, definido inicialmente para o processo de ratificação.
Este cenário permitirá abrir a pausa reclamada por numerosos dirigentes para contra-atacar a dinâmica do "não" à Constituição desencadeada depois de referendos negativos em França e na Holanda.
José Sócrates defendeu, esta quinta-feira, em Bruxelas, a necessidade de ser feita uma pausa e depois avançar com as ratificações de uma forma concertada.
O presidente francês, Jacques Chirac, também disse que era favorável a uma reflexão aprofundada do projecto europeu e terá posto em causa um novo alargamento à luz dos últimos acontecimentos.
O presidente do Parlamento Europeu, Joseph Borrel, que chegou a ter agendada hoje uma conferência de imprensa, mas acabou por a cancelar, disse que era importante os 25 países da União Europeia fazerem uma pausa no processo de ratificação mas com um limite temporal estabelecido.