Carlos Fernandes, administrador da RAVE, a empresa responsável pela rede de alta velocidade, defende a travessia sobre o Tejo rodo-ferroviária Chelas-Barreiro, embora esteja disponível para debater outras soluções.
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O administrador da RAVE assegura que está disponível para discutir alternativas à ligação Chelas-Barreiro, embora reafirme que esta é mesmo a melhor travessia.
Para o responsável «prescindir desta oportunidade numa altura em que o Governo decidiu que o aeroporto era na margem sul seria um «erro tremendo».
As declarações de Carlos Fernandes surgem depois de José Manuel Viegas, autor do capítulo dedicado às acessibilidades no estudo da CIP sobre o novo aeroporto de Lisboa, ter chamado a atenção para a necessidade de analisar alternativas àquela travessia, nomeadamente a hipótese de construção de uma ponte entre o Beato e o Montijo, apenas para comboios.
Esta última hipótese «era de facto diferente da solução proposta pela RAVE e continha um conjunto importante de questões que a tornavam pior», afirmou Carlos Fernandes.
Ao contrário de José Manuel Viegas, o administrador da RAVE, considera que a nova ponte deve incluir o trânsito automóvel, sendo uma má opção limitar-se ao comboio, o que viria a acontecer entre o Beato e Montijo.
A ponte Chelas-Barreiro permite «servir bem toda a população do Barreiro e do Seixal, ligar bem o norte e o sul de Portugal, tanto do ponte de vista dos passageiros, como das mercadorias, eliminando os constrangimentos que existem hoje na ponte 25 de Abril, mas permite algo mais que foi muito bem salientado no relatório do LNEC, é a única que tem a possibilidade de ser uma ponte rodoviária», salientou Carlos Fernandes.