Os rebeldes independentistas de Aceh e o governo indonésio assinaram um acordo de paz que poderá pôr fim ao conflito armado em Aceh. O acordo assinado em Helsínquia parece agradar aos dois lados.
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O Governo indonésio e o Movimento para a Libertação de Aceh assinaram, esta segunda-feira, em Helsínquia, um acordo de paz que deverá pôr fim a quase 30 anos de conflito armada naquela região do norte da ilha de Sumatra.
No designado «Memorando de Entendimento», os separatistas de Aceh comprometeram-se a renunciar às suas reivindicações de independência e a entregar as armas, recebendo em troca uma vasta autonomia, bem como a retirada de grande parte dos efectivos militares de Jacarta estacionados na região.
A supervisão do tratado de paz estará a cargo da União Europeia, que vai enviar duas centenas de observadores para a área, e de cinco países da Associação de Nações do Sudeste Asiático: Malásia, Singapura, Tailândia, Brunei e Filipinas.
Os rebeldes independentistas já disseram estar «de acordo com todos os artigos do acordo de paz», prometendo ao mesmo tempo respeitar este documento negociado com a mediação do ex-presidente finlandês Martii Ahtisaari.
Por seu lado, o presidente indonésio Susilo Bambang Yudhoyono considerou que o acordo assinado era um «bom começo e uma nova partida, comprometendo-se a fazer o seu melhor para que o processo de paz para a região se concretize.
Os contactos para a resolução do conflito em Aceh reiniciaram-se após o violento sismo, seguido de uma onda gigante,em Dezembro de 2004, que ceifou 110 mil vidas na região.
Desde 1976, o conflito armado em Aceh tinha vitimado mortalmente até agora cerca de 15 mil pessoas.