O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e da sociedade que vai gerir a organização do Euro 2004, Gilberto Madaíl, estimou ontem que o evento poderá render uma receita bruta da ordem dos 21 milhões de contos em bilheteira.
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Numa intervenção no âmbito de um fórum sobre o Europeu, organizado pela comissão instaladora do município de Odivelas, Gilberto Madaíl (foto) disse esperar um total de 1,5 milhões de espectadores nos 31 jogos previstos, que poderão render entre 17 e 21 milhões de contos nas bilheteiras.
O presidente da FPF salvaguardou, porém, que os dividendos oriundos de receitas televisivas e de publicidade, que caberão à organização portuguesa, estão ainda dependentes de negociações com a UEFA.
«Queremos organizar o melhor Europeu de sempre. Portugal é tremendamente respeitado a nível das instâncias internacionais e congéneres europeias e mundiais. Este europeu é uma prova de confiança que a comunidade internacional depositou em Portugal», sublinhou Gilberto Madaíl.
O responsável máximo pela organização do Euro 2004 congratulou-se por a UEFA ter quebrado mais uma vez «o ciclo de domínio dos cinco grandes países europeus» (Inglaterra, Espanha, França, Alemanha e Itália), adiantado que o campeonato que terá lugar em Portugal tem de ser visto «como um factor aglutinador entre toda a sociedade portuguesa e muito para além do futebol».
Ainda em relação à venda de bilhetes, Gilberto Madaíl explicou que a política de venda de ingressos para o Euro 2004 poderá não ser a mesma seguida pela organização belga e holandesa da edição de 2000, embora tenha admitido que a Internet pode ser um veículo fundamental.
Neste sentido, o belga Alain Courtois, responsável máximo pela organização do Euro 2000 e também presente neste fórum, revelou que 33 por cento dos bilhetes para o último Europeu foram vendidos via Internet e estimou que em 2004 essa percentagem poderá chegar aos 50 por cento.