A recolha do lixo foi bastante afectada pela greve da Função Pública que começou esta quinta-feira, com 12 concelhos a ficarem sem este serviço. Em termos de enfermeiros, cerca de 70 por cento fizeram greve no turno da noite.
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Pelo menos 12 concelhos do país ficaram sem recolha do lixo na sequência da greve da Função Pública que começou esta quinta-feira e que se prolonga até sexta-feira.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Pública, Almada, Barreiro, Seixal, Alcochete, Moita, Amadora, Funchal, Loures, Évora, Montemor-o-Novo, Vendas Novas e Vila Viçosa ficaram sem recolha de lixo.
Ainda segundo este sindicato, 95 por cento dos trabalhadores da recolha do lixo de Braga e Ponta Delgada não trabalharam, ao passo que 75 por cento destes paralisaram nos concelhos de Oeiras e Sintra.
Em Lisboa, quase metade dos motoristas dos camiões do lixo e 62 por cento dos cantoneiros adiram à greve no turno da noite, que habitualmente começa às 22:30 e termina às 7:00 do dia seguinte.
Um cenário muito parecido verificou-se nas escolas do Porto, com muitas a encerrarem devido à falta de funcionários, que na sua maioria aderiram à greve da Função Pública.
No que toca aos enfermeiros, houve uma adesão de pouco mais de 70 por cento durante o turno da noite em todo o país, com muitas unidades a registarem uma adesão total, indicou o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.
Em Lisboa, os hospitais D. Estefânia, Miguel Bombarda e S. José registaram adesões a superiores a 90 por cento, com o Egas Moniz e o Santa Maria a terem apenas adesões de pouco mais de 30 por cento.
Em declarações à agência Lusa, o presidente do Sindicato dos Enfermeiros adiantou ainda que, na região Norte, apesar de a adesão ser apenas de 60 por cento, a greve teve uma «eficácia total».
«Quando falta um funcionário - por exemplo numa cirurgia - esta acaba por não se realizar por falta de condições», explicou José Azevedo.
Por seu lado, na Loja do Cidadão, das Laranjeiras, em Lisboa, os vários serviços estavam a funcionar normalmente, à excepção do atendimento prestado pelo Ministério da Saúde.