Estão de partida para o Kosovo mais 126 militares portugueses que vão render outros camaradas da KFOR. No Kosovo, na hora da despedida, o comandante português do batalhão de infantaria, ouvido pela TSF, não esconde que um eventual reconhecimento da independência do país, pelo Governo de Lisboa, pode vir a criar alguns «engulhos» no terreno.
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Até ao hastear da nova bandeira em Pristina, era habitual ouvir os vários comandantes portugueses dizer que a situação era «tensa mas calma».
O tenente-coronel Magalhães, prestes a deixar a missão, explica porque é que actualmente a palavra «calma» deixou os seus diagnósticos.
«A etnia servia vai fazer tudo manter os seus interesses salvaguardados e qualquer faísca entre as duas etnias pode degenerar numa instabilidade geral em todo o Kosovo», explica o tenente-coronel.
Hoje, Portugal é um dos poucos países que ainda não reconheceu a independência do Kosovo. O tenente-coronel Magalhães admite que esse reconhecimento «poderá trazer alguns engulhos».
Um grupo avançado de 126 militares portugueses que vai integrar a Força de Reacção Rápida da KFOR, no Kosovo, parte hoje aquele país em dois aviões C130, informou hoje o Estado Maior General das Forças Armadas.
Esta Força Nacional Destacada será comandada pelo tenente-coronel Serra Pedro, do 1º Batalhão de Infantaria Pára-quedista da Brigada de Reacção Rápida.