Um regime alimentar do tipo mediterrâneo, rico em azeite, frutos, legumes e peixe, é o mais indicado para a saúde, após um ataque cardíaco, de acordo com uma equipa de investigadores no congresso da associação de cardiologia dos EUA.
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Um regime alimentar do tipo mediterrâneo, rico em azeite, frutos, legumes e peixe, é o mais indicado para a saúde, após um ataque cardíaco, revelou hoje uma equipa de investigadores durante o congresso da associação norte-americana de cardiologia.
«Comer mais alimentos associados às culturas mediterrâneas e menos produtos contendo gorduras saturadas, como a manteiga, tem como consequência uma redução clara do risco de morte», declarou o investigador Roberto Marchioli.
Devido a isto, acrescentou, «as pessoas acompanhadas [durante um estudo] que incluíram no seu regime alimentar mais óleos vegetais e manteiga registaram um risco de morte três vezes mais elevado do que aquelas que consumiram mais frutos e verduras, e que adoptaram o azeite».
Os investigadores, do consórcio Mario Negri Sud, em Itália, acompanharam durante 42 meses 11.324 italianos vítimas de um ataque cardíaco, examinando os seus regimes alimentares.
Comparativamente àqueles que adoptaram um regime «ideal», os doentes que consumiram mais manteiga apresentaram um risco 2,6 vezes mais elevado de morrer no decursos desses 42 meses.
Ainda que rico em gorduras, o chamado regime alimentar mediterrâneo é considerado mais são pois contém muitos elementos protectores, como os antioxidantes (frutos), gorduras não saturadas (azeite) e alguns ácidos gordos provenientes do peixe.
Foi já comprovado que a morte por doença coronária tem menos incidência em países como a Grécia, Itália, Espanha e Portugal, comparativamente ao que sucede na Europa do Norte.