A reunião da Comissão Baleeira Internacional (CBI) resultou num veto à criação de um santuário para baleias no Pacífico Sul. O resultado da votação, efectuada esta terça-feira, provocou já a indignação de organizações ambientalistas contra o que chamam «uma pequena minoria de países caçadores de baleias».
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A reunião da CBI que se desenrolou hoje (terça-feira) em Londres, resultou numa votação desfavorável à criação de um santuário para baleias no Pacífico Sul.
Esta proposta foi apresentada pela Austrália e Nova Zelândia e necessitava de uma maioria de 75 por cento dos votos dos países membros do CBI para ser aprovada.
Acabou por ser rejeitada por uma curta margem: enquanto 20 países apoiaram a criação do santuário, 13 declararam-se contra e quatro abstiveram-se.
O resultado da votação fez aumentar de tom as acusações contra o Japão e os pequenos Estados das Caraíbas, cujos votos foram fundamentais para que a ideia do santuário ficasse em «doca seca». Várias organizações de protecção do ambiente acusam o Japão de ter comprado os votos desses pequenos países, a fim de impedir a concretização do «refúgio» das baleias.
Em comunicado, o Fundo Internacional para o Bem-Estar dos Animais (IFAW), declarou que «a votação de hoje prova mais uma vez que uma pequena minoria de países caçadores de baleias pode bloquear iniciativas no seio da conferência».
Além do Japão e dos seus «aliados» caribenhos, contam-se a Noruega e a Islândia como países tradicionais da caça à baleia.
A conferência anual da CBI decorre em Londres até sexta-feira.