João Cravinho acusa o relatório do LNEC sobre a localização do novo aeroporto de «erros gravíssimos» que prejudicaram a opção pela OTA. O antigo ministro socialista das Obras Públicas, escutado pela TSF, aconselha uma «revisão drástica» do documento.
Corpo do artigo
João Cravinho, o antigo ministro das Obras Públicas do Governo de António Guterres, aponta o dedo ao relatório do LNEC, que considera estar desvirtuado com «erros gravíssimos» e «omissões na contabilização dos custos»
«Tem três capítulos completamente inaceitáveis: o capítulo da competitividade, dos custos financeiros e o da análise de benefícios-custos. Está lá tudo escrito, nem vejo como é que o LNEC possa rebater, porque a demonstração é cabal e as provas estão inscritas no próprio relatório», adiantou.
Cravinho revela que não foi necessário ser muito exaustivo na apreciação do relatório do LNEC para detectar estes problemas. O deputado diz que as provas estão todas à mão de semear.
O ex-ministro aponta como exemplo o facto do relatório do LNEC recomendar a construção de uma nova ponte e não indicar os custos dessa obra que encarece o aeroporto de Alcochete em 700 milhões de euros.
Numa contestação à decisão de localização do novo aeroporto em Alcochete apresentada no âmbito da consulta pública que seguiu a decisão preliminar e a avaliação ambiental estratégica, João Cravinho e outros subscritores aconselham mesmo uma «revisão drástica» do relatório do LNEC.