A Redes Energéticas Nacionais (REN) garantiu, esta quarta-feira, que a linha de muito alta tensão Fernão Ferro-Trafaria cumpre todos os requisitos legais e não representa qualquer ameaça para a saúde pública.
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A posição da REN surge no dia em que um grupo de moradores de Almada e Seixal protestaram frente ao ministério da Economia contra a instalação da linha de muito alta tensão naqueles concelhos, afirmando que a infra-estrutura poderá ter efeitos adversos para a saúde e provocará a desvalorização das habitações.
«Esta ligação, à semelhança de todas as linhas da REN, fica muito abaixo dos limites de emissão de campos electromagnéticos fixados pela legislação portuguesa, cumprindo ainda todas as recomendações da União Europeia e da Organização Mundial de Saúde sobre transporte de energia», contrapõe a REN em comunicado.
De acordo com o documento, «a linha cumpre todos os requisitos legais e, como é exigível, está devidamente licenciada pelo Ministério da Economia».
Segundo a REN, o licenciamento da linha foi realizado pela Direcção Geral da Energia e Geologia, após «um processo de avaliação concretizado por uma comissão».
A realização de estudos para um traçado alternativo e de um «verdadeiro estudo de impacto ambiental que tome em consideração a situação actual do traçado e os seus efeitos» são reivindicações da população dos concelhos, refere ainda o texto.
Apesar das garantias da REN, Fernando Joge, presidente da Junta da Charneca da Caparica, admite recorrer aos tribunais para impedir os planos da empresa, sublinhando que «está em causa a saúde pública».