A Redes Energéticas Nacionais (REN) vai desligar a linha de muito alta tensão Fanhões-Trajouce - depois de ter perdido o recurso no Tribunal Constitucional - mas avisa que as populações e actividades económicas serão afectadas com esta medida.
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Em declarações à TSF, Artur Lourenço, porta-voz da REN, explicou que no momento em que «a linha for desligada não vai acontecer nada». «Mas amanhã de manhã, se uma das linhas for interrompida, a outra também é interrompida, o que significa uma perda de energia para os clientes», salienta.
Este aviso, no entanto, está a ser desvalorizado pela presidente da junta de freguesia de Monte Abraão. Se houver problemas de energia, diz Fátima Campos, a culpa é da REN.
«Não estou nada preocupada porque tive uma reunião com a REN e garantiram-me que era ao contrário, que aquela linha [de alta tensão] serve apenas de apoio para o caso de falhar a linha mais antiga. Por isso, se houver mais falta de luz é por má fé da REN», salienta.
Em comunicado, a REN afirma que «tendo tido, hoje, conhecimento da decisão do Tribunal Constitucional que nega provimento ao recurso (...) a REN procederá ao desligamento imediato da Linha decorrente de acórdão do Tribunal Central Administrativo Sul», justifica a empresa em comunicado.
Em Outubro, o Supremo Tribunal Administrativo negou à REN um pedido de reavaliação do processo cautelar movido pela Junta de Freguesia de Monte Abraão, no qual o Tribunal Central Administrativo do Sul ordenou a suspensão do transporte de energia nesta linha.
A REN recorreu da decisão do STA para o Tribunal Constitucional, alegando inconstitucionalidades, e viu esta instância considerar o «recurso improcedente».