Pela primeira vez uma equipa de investigadores norte-americanos conseguiu observar, em funcionamento, o chamado sistema de ataque à dor no cérebro humano. A resposta difere de pessoa para pessoa, segundo um estudo publicado hoje na revista Science.
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Já se sentia, agora também se pode ver. Uma equipa de investigadores da Universidade de Michigan observou pela primeira vez o sistema de ataque à dor no cérebro humano.
Durante a pesquisa, feita com um grupo de voluntários, os investigadores tentaram perceber o funcionamento da actividade química do cérebro.
Os resultados provam as suspeitas dos cientistas, de que existe uma relação directa entre as alterações químicas cerebrais de reacção à dor e as sensações experimentadas pelas pessoas.
Com esta descoberta está aberto o caminho para uma melhor compreensão da dor crónica e para encontrar as formas mais eficazes de a combater. Para além disso, vai ser possível perceber como funciona o sistema analgésico natural do corpo humano, os mecanismos de resposta à dor, que explicam o porquê de umas pessoas serem mais resistentes do que outras.
Nesta área de investigação já se conhecia a importância da produção de endorfinas pelo organismo, ou seja, uma espécie de analgésico interno que reduz ou bloqueia a difusão das mensagens de dor que são enviadas do cérebro para o corpo. Todos temos um sistema que controla a dor, quando sentimos que é excessiva.