A Portucel estima que os resultados de 2002 deverão ser melhores que em 2001, apesar da subida do preço da pasta de papel. Sobre o modelo de privatização, o escolhido é o que melhor se adapta à empresa.
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A Portucel está optimista em relação aos resultados para 2002, estimando uma melhoria face ao lucro líquido consolidado de 71,7 milhões de euros registado em 2001, apesar da subida do preço da pasta de papel.
Em declarações à margem do Iº Fórum Indústria do Diário Económico, o presidente da Portucel, Jorge Armindo, avançou que é de esperar uma melhoria nos resultados, «apesar do preço (subida) da pasta (só) se ter sentido mais no quatro trimestre».
Sobre o modelo de privatização escolhido pelo Governo para a empresa, Jorge Armindo adiantou que é aquele que melhor se adapta à empresa.
«Este modelo de privatização favorece a Portucel», avançou aquele responsável, acrescentando ser «possível que durante o processo de privatização o grupo alcance a liderança no segmento de papel não revestido ao nível europeu».
O presidente da Portucel espera que o caderno de encargos seja publicado «no muito curto prazo», por considerar que estão reunidas as condições para tal e porque seria vantajoso para clarificação da empresa e dos candidatos.
Aquele responsável também não teme o facto de o Estado continuar a deter uma parte importante na empresa e mostrou-se convicto de que a empresa «é suficientemente interessante para que alguns condicionalismos se esbatam».
Jorge Armindo referiu, ainda, que a dívida líquida da Portucel deverá terminar este ano à volta dos 1.029 ME, podendo baixar para 386 ME em 2006, caso não sejam efectuadas aquisições importantes.