A Comissão Europeia considera que a retoma económica na Zona Euro continua «sólida», devido à robustez da procura interna e à melhoria no mercado de trabalho, com o crescimento a manter-se «no seu potencial» em 2007.
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No relatório económico trimestral, divulgado esta segunda-feira, o Executivo comunitário nota que apesar de um abrandamento no terceiro trimestre (0,5 por cento contra um por cento no segundo), o crescimento «continua sólido», «equilibrado e duradouro» na Zona Euro.
Bruxelas destaca a expansão da procura interna e a melhoria continuada no mercado de trabalho como factores que deverão permitir à Zona Euro enfrentar a conjuntura internacional menos favorável decorrente do arrefecimento económico nos Estados Unidos.
O crescimento do Produto Interno Bruto deverá atingir como previsto 0,6 por cento no quarto trimestre e 2,6 por cento no conjunto do ano de 2006, em conformidade com as previsões de Outono, publicadas no início de Novembro.
Para 2007, a Comissão confirma uma desaceleração do ritmo de crescimento para 2,1 por cento, devido aos efeitos negativos sobre a actividade do aumento do IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado) na Alemanha, assim como do abrandamento da economia americana.
O relatório refere ainda um agravamento dos défices correntes desde o final dos anos 90 na Grécia, em Portugal e na Espanha, enquanto a Finlândia, a Holanda e a Alemanha apresentavam largos excedentes.
A Comissão manifesta preocupação face ao aumento destas divergências que reflectem «alguns desequilíbrios» na Zona Euro, nomeadamente em termos de competitividade.
Nota que políticas promovendo uma maior flexibilidade salarial e ganhos de produtividade poderiam «facilitar bastante um ajustamento».