A Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis não acredita na liberalização efectiva dos preços dos combustíveis. Segundo a ANAREC, apenas vai deixar de haver uma intervenção do Governo na definição dos preços máximos.
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A liberalização dos preços dos combustíveis, prevista para Janeiro de 2004, é encarada com cepticismo por parte da Associação Nacional de Revendedores dos Combustíveis (ANAREC).
Em declarações à TSF, o presidente da ANAREC, António Saleiro, explicou que «não há nenhuma liberalização efectiva dos preços, porque o que o Governo fazia até agora era definir o tecto máximo do preço de venda de alguns combustíveis, nomeadamente o gasóleo e a gasolina».
Nestas circunstâncias, acrescentou aquele responsável, «nós entendemos que, quando se diz que há uma liberalização, tal não é verdadeiro, na medida em que o que vai deixar de haver é uma intervenção do Governo na definição dos preços máximos».
No entender de Saleiro, esta situação induz as pessoas em erro porque pensam que, se há liberalização, os preços vão baixar, o que não corresponde à realidade.
«É uma questão falsa, porque o Governo defendia, até aqui, um tecto máximo, mas não impunha um tecto mínimo e, a partir do momento em que não impunha um tecto mínimo, nada proibia as petrolíferas de poderem descer o produto, o que nunca aconteceu», sublinhou.