O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, considera «positivas» as previsões de crescimento da economia portuguesa para este ano divulgadas esta terça-feira pela OCDE, destacando que a revisão em alta é «muito significativa», embora aquém dos números do governo.
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À margem de um conselho de ministros da Economia e Finanças da União Europeia (UE), em Bruxelas, o ministro sublinhou que «há uma revisão em alta da previsão de crescimento muito significativa, porque a anterior (de Maio) era de 0,7 por cento e aumentou para 1,3 por cento, quase o dobro».
Segundo o relatório das Previsões Económicas Mundiais hoje divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), o Produto Interno Bruto português deve crescer 1,3 por cento em 2006 e 1,5 em 2007 (neste caso um valor igual à previsão da Primavera).
Admitindo que estes novos «números» da OCDE ficam ainda assim «ligeiramente abaixo daquilo que é a previsão do governo para este ano e para o próximo», Fernando Teixeira dos Santos preferiu todavia destacar o facto de o documento prever assim que "haverá uma ligeira melhoria do crescimento em 2007 relativamente a 2006, tal como o governo prevê, embora os valores sejam diferentes».
A previsão de crescimento do PIB de 1,3 por cento em 2006, da OCDE, fica 0,1 ponto percentual abaixo da previsão do governo, mas a previsão de expansão de 1,5 por cento em 2007 é um pouco mais pessimista que a do Executivo português, que acredita num crescimento de 1,8 por cento no próximo ano.
O ministro das Finanças fez ainda questão de «salientar o facto de a OCDE claramente acreditar e estar convencida que Portugal vai atingir as suas metas orçamentais», na medida em que prevê que o défice este ano será de 4,6 por cento do PIB e no próximo 3,7 por cento, metas que o governo português prevê e se comprometeu a cumprir.