Fernando Rosas pede a demissão de Martins Barrento, pois não está «à altura daquilo que deve fazer o chefe do Estado Maior do Exército» e acusa-o de falta de seriedade.
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O candidato presidencial Fernando Rosas pede a demissão do chefe do Estado Maior do Exército, segundo noticia a TSF.
Ontem à noite, na RTP, o general Martins Barrento reconheceu que fez declarações infelizes sobre Hugo Paulino, o soldado português que morreu três semanas depois de ter regressado do Kosovo.
No entanto, o chefe do Estado Maior do Exército insiste em afirmar que a polémica em torno do urânio empobrecido não é, nem mais, nem menos do que uma guerra psicológica que alegadamente está a ser movida pelas autoridades sérvias.
São declarações que Fernando Rosas não consegue compreender. O candidato considera que o general Martins Barrento deve ser afastado da chefia do Estado Maior do Exército, acusando-o de falta de seriedade.
«Este senhor em vez de tomar medidas (...) para preservar a saúde das pessoas e apurar os factos, vem dizer que isto não existe, que são os sérvios que estão a inventar». E, como tal, « vem de alguma maneira insultar a família do cabo Paulino por ela ter pedido medidas e esclarecimentos e vem dizer, portanto, que tudo isto não passa de uma cabala contra a NATO», disse Fernando Rosas em declarações à TSF.
Para o candidato apoiado pelo Bloco de Esquerda «isto não pode ser, são declarações que não parecem sérias, que não parecem à altura daquilo que deve fazer o chefe do Estado Maior do Exército, sobretudo nestas circunstâncias».
Desta forma, Rosas considera que «o Governo não deve aceitar que esteja à frente do Exército uma pessoa que não dá garantias de encarar este problema com seriedade e com satisfação para as famílias dos envolvidos e para os envolvidos».
E são estes os motivos que levam Fernando Rosas a pedir a demissão do general Martins Barrento, do chefe do Estado Maior do Exército.