A Royal Society apelou para que seja criada uma moratória internacional, que não permita a clonagem humana com fins reprodutivos. A instituição, no entanto, defende a clonagem para fins terapêuticos.
Corpo do artigo
A Royal Society, a mais alta instituição britânica na área de ciência, apelou à criação de uma moratória internacional que impeça a utilização da clonagem para fins reprodutivos.
«Pensamos que a proibição da clonagem humana com fins reprodutivos vai ter o apoio do público e será justificada de um ponto de vista científico. Isso vai ajudar a reforçar a confiança do público face à ciência», declarou o padre Richard Gardner.
«Quando os cientistas falam das vantagens da clonagem humana com fins reprodutivos como, por exemplo, a possibilidade de substituir alguém querido morto num acidente, manifestam expectativas completamente irrealistas», já que não será possível copiar a personalidade, acrescentou Gardner.
No entanto, a instituição afirma que é necessário assegurar que a moratória não seja uma ameaça à clonagem com fins terapêuticos, uma técnica recentemente autorizada na Grã-Bretanha.