Depois de Aguiar Branco ter pedido um congresso extraordinário do PSD, Rui Rio diz que também está preocupado com o desnorte do partido. O autarca do Porto, presidente da maior câmara municipal do PSD, mostra-se zangado com a actual liderança, não poupando críticas ao chumbo da lei eleitoral autárquica.
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Apesar de dizer que tem sempre cuidado para não dizer mal quando não concorda com algumas posições, Rui Rio diz que desta vez não pode ficar calado.
O autarca aponta o dedo a Luís Filipe Menezes e a Pedro Santana Lopes por causa do chumbo à lei eleitoral autárquica, sublinhando não compreender o desnorte do partido ao chumbar uma lei que foi o próprio PSD que propôs e pela qual lutou muito tempo.
«O PSD vota contra aquilo que ele próprio propôs e contra aquilo pelo qual vinha a lutar há anos e anos», diz o autarca, salientando que o próprio Luís Filipe Menezes sempre defendeu a nova lei eleitoral.
Rui Rio salienta que só ergue a voz quando se trata de questões que o tocam profundamente, como a questão da lei autárquica e a questão das quotas do partido.
«Sobre a actual direcção fiz apenas duas intervenções públicas sobre assuntos que me dizem directamente respeito», salienta, justificando esta atitude mais reservada com o facto de não querer «provocar terramotos».