A Rússia vai construir outro módulo para a Estação Espacial Internacional (EEI), depois da assinatura do contrato entre o consórcio estatal «Jrunichev» e a empresa norte-americana «Boieng». A notícia foi avançada, esta quinta-feira, por Alexandr Medviédev, director da empresa russa.
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O contrato prevê a adaptação e finalização do módulo funcional e de carga FGB-2, análogo ao módulo Zaria, o primeiro elemento do EEI que foi colocado em órbita a Novembro de 1998, segundo explica Medviédev.
O FGB-2 começou a ser construído ao mesmo tempo que o Zaria, como modelo de reserva, mas actualmente ainda só está pronto a 70 por cento, afirmou Medviédev, em conferência de imprensa.
Entretanto, os peritos da «Boeing» apresentaram uma série de modificações ao projecto inicial, que serão posteriormente discutidas com outras entidades russas do sector, como o consórcio «Energia» e a agência aerospacial russa, a «Rosaviakosmos», como explica o director.
O contrato, que envolve um montante aproximado de 55, 8 milhões de euros (11,2 milhões de contos), é o primeiro negócio formalizado após a assinatura no passado mês de Abril de um acordo de cooperação subscrito entre a «Rosaviakosmos» e a «Boieng».
Para os peritos russos, a colocação em órbita do módulo FGB-2 representa uma das alternativas para a continuação do processo de construção da EEI, depois dos norte-americanos terem anunciado que iriam modificar a sua participação no projecto.
No que diz respeito ao programa de distribuição de fundos, a NASA anunciou que vai suspender a construção de um módulo habitável, um segmento de serviço e uma nave de transporte para a EEI.
A decisão dos EUA é um golpe para os países membros da Agência Espacial Europeia, Canadá e Japão, uma vez que sem esses módulos e a nave, os cosmonautas desses países não poderão habitar a EEI.