Especialistas russos estão a planear destruir a estação orbital Mir em Fevereiro de 2001, descendo a órbita de forma a que a estação arda na atmosfera terrestre. Só falta o acordo do governo.
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Especialistas russos estão a planear destruir a estação orbital Mir em Fevereiro de 2001, descendo a órbita de forma a que a estação arda na atmosfera terrestre, afirmou hoje um alto responsável espacial.
Viktor Blagov, responsável adjunto do centro de controlo espacial russo, afirmou à Agência ITAR-TASS que o projecto aguarda agora o acordo do governo.
O plano escolhido propõe que duas naves Progress reduzam a órbita da Mir para 80 quilómetros, conduzindo ainda a estação pelas densas camadas da atmosfera onde arderá. Os restos cairão num local determinado do Oceano Pacífico, disse Blagov, acrescentando que a operação durará alguns dias.
De acordo com o responsável, três outros cenários foram examinados. Segundo o primeiro, a estação poderia ser destruída em vários fragmentos que cairiam, um a um, pela atmosfera terrestre.
Este plano foi rejeitado pois «quantos mais fragmentos, mais destroços» podem cair na Terra, sublinhou Blagov.
A Rússia poderia igualmente lançar um míssil sobre a Mir, que explodiria no espaço, mas criaria muitos destroços.
A Mir poderia ainda ser abandonada em órbita, o que implicaria consideráveis fundos para a sua manutenção, explicou.
A Rússia não tem mais meios técnicos e financeiros para manter a Mir, que conta já com 14 anos, em órbita.
Uma decisão definitiva sobre o seu futuro deverá ser tomada pelo governo russo até ao final deste mês.
Os cosmonautas Serguei Zaliotine e Alexandre Kaleri regressaram à Terra em Junho passado.
A próxima equipa que se deslocará à Mir em Janeiro ou Fevereiro de 2001, poderá, assim, ser a última.