O Presidente da República, Jorge Sampaio, convenceu Monteiro Diniz a manter-se como ministro da República para a Madeira. Esta foi a terceira vez que Monteiro Diniz pediu a sua demissão no último ano e meio.
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Após uma audiência de mais de uma hora, no Palácio de Belém, a Presidência da República divulgou uma nota que reitera «a confiança e o apreço» de Jorge Sampaio no ministro da República e insiste na sua continuação no cargo.
Monteiro Diniz, que entrara com a intenção de abandonar o cargo, reconheceu que mudou de ideias depois de Jorge Sampaio e Santana Lopes lhe terem apresentado «um conjunto de razões» para continuar.
Para a continuação de Monteiro Diniz no cargo contribuíram, segundo o próprio: «uma determinada vivência» da Madeira e a «formação jurídico-constitucional», que permitirá «ter alguma vantagem e algum interesse» na apreciação de certos problemas, numa altura em que começa a aplicar-se o novo estatuto da região autónoma saído da revisão constitucional aprovada em 2003.
Depois de ter apelado «com veemência» a Jorge Sampaio para ser exonerado, o ministro da República para a Madeira admitiu manter-se no cargo até ao fim.
A nota afirma também a convicção do Presidente de que a continuidade de Monteiro Diniz «constituirá um factor de estabilidade e equilíbrio no quadro das relações entre as instituições da República e da Região Autónoma da Madeira».
O mandato de Antero Monteiro Diniz termina em simultâneo com o do Presidente da República, em 2006, quando tomar posse o seu sucessor.
Monteiro Diniz pediu a demissão, pela primeira vez, em Abril de 2002. Voltou a pedir a interrupção do seu mandato em Janeiro de 2003. E agora, pela terceira vez, em 2004.