Santana Lopes confessou que está a concorrer à liderança do PSD para conseguir a legitimidade que não chegou a ter quando liderou os social-democratas em 2004 e adiantou que não var permitir «barões insubordinados» dentro do partido.
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Pedro Santana Lopes confessou, esta quinta-feira, em entrevista à RTP, que um dos objectivos da sua candidatura à liderança do PSD é conseguir a legitimidade que nunca chegou a ter quando liderou o partido em 2004.
«Estou à procura da legitimidade que não tive na altura, conferida pelo voto, para a nível nacional poder exercer o poder da maneira que considero adequada» e «pôr o partido na ordem, porque ele precisa de ordem», disse.
O actual líder da bancada social-democrata no Parlamento adiantou que «quem quiser agora estar no partido a construir é bem-vindo», sendo que «quem estiver para destruir não é bem-vindo».
«Não vou transigir com mais barões insubordinados», sublinhou o antigo primeiro-ministro, adiantando no entanto que vai colocar «processos disciplinares».
Santana Lopes frisou que «as pessoas que não quiserem construir», a um ano de eleições legislativas e depois de duas eleições directas no partido em seis meses, «têm de se convencer que devem mudar na vida».
O social-democrata assegurou ainda que só em caso da anulação das eleições directas não levará a sua candidatura até ao fim, insistindo que não coloca a hipótese de perder.
Santana revelou ainda que pretende acumular a presidência do PSD com a liderança do grupo parlamentar dos sociais-democratas se vencer as directas marcadas para 31 de Março.