Pedro Santana Lopes considera adequada a actuação do Ministério dos Negócios Estrangeiros na ajuda aos portugueses afectados pela tragédia na Ásia. Porém, o primeiro-ministro promete que o Governo irá verificar se houve alguma falha ao nível do funcionamento da embaixada em Banguecoque.
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O primeiro-ministro considerou, esta quarta-feira, adequada a actuação do Ministério dos Negócios Estrangeiros na ajuda aos portugueses afectados pela tragédia na Ásia, manifestando total apoio ao embaixador de Portugal em Banguecoque.
Falando em São Bento, numa conferência de imprensa, Santana Lopes desvalorizou o facto de o embaixador João Lima de Pimentel só ter partido de Lisboa para a Tailândia na terça-feira, considerando que «nada fazia prever» os números da tragédia.
«No domingo e na segunda-feira apenas se falava em três portugueses desaparecidos», referiu Santana Lopes, sublinhando ser «natural que o embaixador estivesse fora do seu posto na altura do Natal e Ano Novo».
Questionado se o regresso do diplomata a Banguecoque não deveria ter acontecido mais cedo, o primeiro-ministro voltou a invocar a imprevisibilidade da tragédia.
«Os canais de televisão também chegaram 24 ou 36 horas depois», notou, salientando que mal a dimensão dos números se alterou, «o Governo deu uma orientação expressa no sentido do regresso do embaixador».
Ainda assim, Santana Lopes prometeu que o Governo irá verificar se houve alguma falha ao nível do funcionamento da embaixada em Banguecoque, onde se encontrava um funcionário diplomático.
«Li que a horas em que a embaixada deveria estar aberta esteve fechada. Se assim tiver acontecido, é grave e agiremos em conformidade», afirmou.
Santana Lopes defendeu, porém, que este não é o momento adequado para este tipo de avaliações nem de «exprimir juízos de valor».