Jorge Sampaio e José Sócrates foram os alvos do discurso de Santana Lopes proferido durante o jantar de Natal do PSD e que marca o início da pré-campanha do partido. Santana Lopes anunciou ainda o acordo de colaboração alcançado com o PPM.
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Pedro Santana Lopes desafiou, esta quinta-feira, José Sócrates a esclarecer qual vai ser a política de alianças do PS, caso vença as eleições legislativas de 20 de Fevereiro.
O presidente do PSD aproveitou o jantar de Natal do PSD para pedir «transparência» ao líder socialista. «Quem votar em nós sabe que terá um Governo PPD/PSD, sabe com o que conta. Sabe que, se não governarmos sozinhos, com quem o faremos porque já o dissemos», afirmou Santana Lopes.
No seu discurso, Santana Lopes não esqueceu o Presidente da República.
Na análise das razões que levaram à dissolução do Parlamento e convocação de eleições antecipadas, Santana Lopes considerou que o PSD «está a pagar um preço» pela escolha do ex-primeiro-ministro Durão Barroso para a Comissão Europeia.
«Parece que tínhamos de pagar um preço por Durão Barroso ter conseguido, para ele mas sobretudo para Portugal, a presidência da Comissão Europeia», lamentou Santana Lopes.
«Tenho a certeza que se o escolhido tivesse sido António Vitorino tudo seria elogiado», considerou, referindo-se ao ex-ministro socialista que também esteve na corrida ao lugar.
Durante o discurso, Santana Lopes apontou as diferenças entre PS e PSD, sublinhando a «vocação reformista» dos social-democratas. O líder social-democrata acusou o PS de não ter apoiado os Governos PSD/CDS nas decisões onde «o interesse nacional devia estar acima».
Sem dispensar as metáforas, Santana Lopes comparou o executivo que liderou com «uma ambulância» que transportou «o país doente em consequência da governação socialista».
O primeiro-ministro demissionário mostrou-se sempre confiante na vitória nas próximas eleições.
A ocasião foi ainda aproveitada por Pedro Santana Lopes para anunciar o acordo de colaboração política e eleitoral estabelecido com o Partido Popular Monárquico e o Movimento Partido da Terra.
No jantar, realizado no Centro de Congressos de Lisboa, estiveram presentes cerca de quatro mil pessoas, sob o mote para a campanha «Coragem por Portugal».