Santana Lopes afirmou, esta sexta-feira, que estará «ao lado» de Menezes se o autarca se recandidatar à liderança do partido. Para Miguel Veiga, a atitude de Menezes trata-se de «uma manobra de diversão que não ilude ninguém».
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O líder parlamentar do PSD garantiu, esta sexta-feira, que estará «ao lado» de Luís Filipe Menezes se o autarca se recandidatar à liderança dos sociais-democratas, mas admitiu que a situação do partido necessita de ser «clarificada».
Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, Santana Lopes afirmou que, depois do anúncio de convocar eleições directas antecipadas, criou-se uma «situação que deve ser clarificada», adiantando esperar que Menezes o faça no próximo Conselho Nacional do PSD.
«Estou ao lado dele se for candidato», sublinhou, manifestando «solidariedade política e respeito» pela decisão de Luís Filipe Menezes de abandonar a liderança do PSD.
«Estou convencido, e é para isso que estou a trabalhar, que podemos ganhar as eleições em 2009 e temos condições para o fazer, também e principalmente com Luís Filipe Menezes», rematou.
Por seu lado, Miguel Macedo defendeu que Menezes deve esclarecer definitivamente se vai ou não recandidatar-se à liderança do partido para que o período de debate interno comece «sem equívocos».
Também em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, o ex-secretário-geral do PSD reforçou que «era um contributo muito importante terminar desde já com esse equívoco», não dando por adquirido que Menezes está «fora da corrida» pela liderança do partido, apesar deste o ter afirmado na quinta-feira.
Entretanto, Miguel Veiga, fundador do PSD, considerou que a demissão de Menezes da liderança do partido «só na aparência é que é surpreendente», acrescentando que «ele e o seu grupo foram vítimas de si mesmos».
Miguel Veiga sustentou, em declarações à Lusa, que a liderança de seis meses de Menezes «foi inconsistente e irrelevante», como revelam «sondagens, politólogos, analistas e comentadores».
O advogado considerou ainda que a atitude de Menezes é «uma manobra de diversão que não ilude ninguém», comparando a sua actuação com os «desatinos e desgovernos que levaram Santana Lopes a perder o poder».