A mensagem televisiva de Natal do primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes, foi dominada, sábado, pelo apelo aos portugueses para que tenham esperança no futuro, fazendo mesmo uma referência a uma «política mais bonita».
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O chefe de Governo admitiu o sentimento geral de crise, aludindo a que muitos portugueses se sentem preocupados, mas pediu-lhes «esperança reforçada».
Ao enumerar os diversos destinatários da sua mensagem (doentes, presos e os que trabalham no feriado), o chefe do Governo especificou em concreto «aqueles que estão em prisão preventiva há anos».
Afirmando que o Natal é um período em que geralmente as pessoas se viram para dentro de si próprias e se lembram daqueles que «pior» lhes fizeram, Santana Lopes sugeriu compreensão, afirmando «pedir a todos que sejam particularmente compreensivos com a diferença».
Dirigindo-se aos mais carenciados, confessou que gostaria de resolver os seus problemas «num golpe de mágica».
Ser primeiro-ministro, disse ele, é também «um exercício, uma prova» de tolerância, de resistência e de entrega ao trabalho.
Neste momento, admitiu, é hábito os portugueses dizerem mal de si próprios, mas é preciso que tenham orgulho em si mesmos, tanto mais que, ao longo de oito séculos de História, «Portugal sempre soube fazer das fraquezas forças».