No discurso com que encerrou o Congresso do PSD, Pedro Santana Lopes pediu um voto de confiança no Governo e prometeu combater de forma eficaz a fraude e evasão fiscal. Palavras que não convenceram a oposição.
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Pedro Santana Lopes decidiu centrar o seu discurso de encerramento do Congresso na política económica e no Orçamento de Estado, respondendo às críticas que têm sido feitas ao documento.
«Quero dizer de modo claro a Portugal que esta é uma prioridade deste Governo. Quem mais pode tem de pagar mais», sublinhou o primeiro-ministro, prometendo o combate à fraude e evasão fiscal.
Neste âmbito, Santana Lopes pediu um voto de confiança no Governo, garantindo que se mantém a política de austeridade.
«Confiem em nós. A confiança é fundamental para haver maior investimento, para os trabalhadores terem mais segurança», apelou Santana Lopes.
Legitimado como presidente do PSD pela esmagadora maioria dos delegados ao Congresso, o primeiro-ministro voltou-se para o país para garantir que o rumo traçado pelo governo dará frutos a curto prazo.
O líder social-democrata aproveitou ainda a ocasião para afirmar que «vem aí, para breve, a entidade reguladora da comunicação social» e repetir que consigo no governo a liberdade de expressão será sempre respeitada.
Oposição critica
Numa reacção ao discurso de encerramento de Santana Lopes, o socialista Francisco Assis afirmou que do Congresso do PSD «não saiu uma única ideia para o país».
«Fez-se o diagnóstico mas não se apresentaram soluções», acusou Assis, que liderou a delegação do PS ao congresso social-democrata.
Do lado do PCP, José Catalino criticou igualmente a intervenção final de Santana Lopes, considerando que ele foi um momento de «mera auto-satisfação interna».
«Foi uma intervenção que nada teve a ver com o país, que na última quarta-feira saiu à rua para gritar com força contra o Governo», acrescentou o dirigente comunista.
Pelo contrário, o vice-presidente do CDS-PP, António Pires de Lima, considerou a intervenção final de Santana Lopes «um grande discurso», que vai mobilizar os portugueses.