O líder parlamentar do PSD, Santana Lopes, disse «subscrever inteiramente» as preocupações do presidente social-democrata sobre a validade do pacto para a Justiça assinado com o PS, apesar de acreditar que «vai ser possível chegar a acordo».
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Instado pelos jornalistas à entrada da reunião do grupo parlamentar do PSD a comentar as declarações de Luís Filipe Menezes sobre o pacto da Justiça, o líder da bancada social-democrata disse subscrevê-las «inteiramente».
«O que Luís Filipe Menezes disse foi que não faz sentido celebrar um pacto e depois não participar nas leis que o executam», lembrou Santana Lopes, sublinhando que subscreve «inteiramente as preocupações» do líder social-democrata.
Contudo, acrescentou, têm existido «conversações no Parlamento e estão previstas mais com o Governo e o PS», por isso, ainda será possível alcançar um acordo.
«Quero acreditar que vamos chegar a acordo», insistiu.
Questionado sobre as declarações do ministro da Justiça que disse estar convicto de que o Pacto da Justiça PS/PSD «não vai ser rasgado», mas advertiu que o programa do Governo é para cumprir «com ou sem acordo» político-parlamentares, Santana Lopes pediu a Alberto Costa para ser «justo».
«O ministro que se lembre que é ministro da Justiça e, portanto, sendo ministro da Justiça deve ser justo», afirmou, lembrando que, apesar do PS ter maioria parlamentar, o PSD se disponibilizou para celebrar o acordo.
«Também agora deve haver um esforço igual de justiça», defendeu, considerando que «todos se devem sentir representados na leis estruturantes do Estado» que estão abrangidas pelo pacto da Justiça.