Gerhard Schoeder mostrou pouco optimista relativamente a um acordo sobre o Orçamento Europeu na cimeira de Bruxelas. Jean-Claude Juncker reiterou as poucas esperanças que tem sobre o assunto, ao passo que José Luis Zapatero diz que é provável que esse acordo aconteça.
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O chanceler alemão tem «poucas esperanças» que haja um acordo para o Orçamento Europeu na cimeira de Bruxelas a realizar esta quinta e sexta-feira.
Dirigindo-se ao parlamento germânico antes de viajar para Bruxelas, Gerhard Schroeder defendeu ainda que as propostas para este orçamento até são boas, mas «não suficientes».
Schroeder considerou ainda que o Tratado Constitucional não está morto, como alguns dizem, apesar dos «nãos» à Constituição de França e Holanda, defendendo mesmo que o processo de ratificação deve continuar.
A Constituição «é a tentativa de dar um fundamento à Europa e será um pedaço de futuro para a Europa. O Tratado Constitucional deverá fazer parte intergrante do futuro da União Europeia», acrescentou.
O chanceler germânico indicou ainda que o "cheque britânico" «já não tem justificação», até porque o Reino Unido é o sexto país que mais recebe, estando no entanto longe dessa posição na lista dos contribuintes.
«Se o reembolso continuar a existir como até aqui, subirá para mais de sete milhões de euros por ano», concluiu Schroeder.
Opinião idêntica tem Jean-Claude Juncker, que reiterou ter um «pressentimento que tudo será difícil».
«A última proposta da presidência fará avançar as coisas, mas provavelmente não ao ponto de haver uma aprovação de todos», disse o primeiro-ministro do Luxemburgo.
Por seu lado, o primeiro-ministro espanhol considerou «insuficiente» a nova proposta luxemburguesa no que toca às perspectivas financeiras para 2007 a 2013, muito embora entenda que é «melhor que a anterior».
«É razoável que haja uma redução substancial nas ajudas que recebemos. Mas queremos continuar a receber ajudas para completar o ciclo actual de desenvolvimento», afirmou José Luis Zapatero à Cadena Ser.
Zapatero disse ainda estar optimista quando a um acordo a este respeito, lembrando que os 25 têm um «profundo sentido de responsabilidade» face ao «grande projecto histórico» que representa a Europa.