O seleccionador nacional, Luiz Felipe Scolari, rejeitou, esta segunda-feira, o apelido de catástrofe com se qualificou o jogo com o Liechtenstein. O técnico brasileiro pretende ver o estádio cheio para o embate de quarta-feira, frente à Rússia.
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Scolari lamentou o exagero com que «os jornais» classificaram a derrota da selecção das quinas, e alertou para os casos italianos e franceses.
«Não era um resultado esperado (2-2), por ninguém, mas não acontece só com Portugal e fico perplexo com a ênfase que dão ao que dizem jornais italianos ou franceses, cujas selecções estão piores do que a nossa», afirmou Scolari, a dois dias do quarto embate de Portugal no Grupo 3 de qualificação para o Campeonato do Mundo de 2006.
De acordo com o técnico brasileiro, que antecipou em 24 horas a comparência juntos dos jornalistas, este resultado menos bom «não pode ser encarado como uma catástrofe», até porque os jogadores têm o direito de «ter uma quebra».
«Li que não deveríamos ter sido bem recebidos, como fomos - e quero agradecer isso -, e não concordo, pois um resultado inesperado não pode mudar a trajectória de uma equipa. Se a qualificação acabasse neste momento, estávamos qualificados para o Mundial», disse Scolari.
«Felipão» justificou a sua vinda antecipada porque entende que deve «valorizar o povo português», os seus atletas «e tudo o que tem sido feito». O treinador realçou que apenas aceita «as críticas normais» e «não as que foram feitas».
«Empatámos porque errámos em todos os aspectos, desde a escolha da equipa inicial à final, passando pelas trocas de bola e as faltas, mas temos tempo para rectificar. O maior problema da nossa vida é se, no final, não conseguirmos a qualificação», explicou o seleccionador.
Entretanto, e tal como sucedeu em outras ocasiões, «felipão» referiu que quer ter «no mínimo, 40 mil pessoas nas bancadas» e que espera «que levem cachecóis a dizer Portugal e os mostrem na altura do hino, criando o mesmo ambiente que tivemos no Euro 2004».
«Se tenho algum crédito juntos dos adeptos, esta é a altura para o cobrar», prosseguiu o seleccionador nacional, sublinhando que mantém a confiança em todos os jogadores.
O técnico «canarinho» lembrou que «vai ter de haver uma mudança de atitude», e frisou que a actual selecção da Rússia «é melhor do que a que esteve presente no Euro 2004».
A segunda partida entre as selecções de Portugal e da Rússia (na primeira, no Euro 2004, a «turma» lusa venceu por 2-0), realiza-se na quarta-feira, pelas 21:15 horas, no Estádio José Alvalade, e terá a arbitragem do grego Kyros Vassaras.