O Secretariado da Distrital do Porto do PS manifestou hoje estar totalmente solidário com António Guterres e condenou a forma como foi divulgada a carta pessoal de Fernando Gomes ao primeiro-ministro.
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O líder do Secretariado da Distrital do Porto do Partido Socialista (PS), Narciso Miranda, (na foto) manifestou hoje, durante uma reunião daquela estrutura, a sua solidariedade a António Guterres e condenou a forma como foi divulgada a carta enviada por Fernando Gomes ao primeiro-ministro.
No documento, Fernando Gomes fazia um pedido de escusa do lugar de embaixador de Portugal na OCDE que. segundo Narciso Miranda, foi uma informação «divulgada estrategicamente, subvertendo o seu conteúdo».
Mas a solidariedade desta estrutura estende-se também a Armando Vara (ex-ministro do Desporto e Juventude) e a Luís Patrão (ex-secretário de Estado), devido à «grande dignidade política e moral que tiveram», ao longo da polémica que envolveu a Fundação de Prevenção e Segurança.
Narciso Miranda desejou ainda felicidades ao substituto de Armando Vara, José Lello, que toma posse amanhã e que também esteve presente na reunião.
No que diz respeito a António Guterres e à sua orientação política, o apoio do secretariado é, segundo o líder, «unânime e sem equívocos», sendo que pretende que o Governo e o grupo parlamentar do PS «avancem com a reforma fiscal para que se mantenha o empenho reformista » da acção do partido.
Narciso Miranda fez questão de sublinhar que «não foi no PS Porto e nos seus dirigentes sindicais que saiu uma campanha contra o primeiro-ministro e secretário-geral socialista», e garantiu que este apoio «não é um mero expediente a médio-prazo».
Sem identificar as origens, Narciso Miranda acrescentou que o «linchamento político» de Guterres é um dos objectivos de algumas pessoas, o que não acontece junto das concelhias distritais do partido «que espontaneamente se manifestaram solidárias».