O secretário de Estado da Administração Pública está surpreendido com a proposta do movimento Compromisso Portugal sobre a redução de cerca de 200 mil funcionários públicos. João Figueiredo diz que são precisos fundamentos para justificar esta medida.
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Foi com surpresa que o secretário de Estado da Administração Pública reagiu, esta quinta-feira, à proposta do movimento Compromisso Portugal sobre a redução dos funcionários públicos em cerca de 200 mil efectivos.
«Quando se lançam números dessa ordem, a imediata reacção que eu penso que se deve ter é a de pedir fundamentos», defendeu João Figueiredo.
«A Administração Pública é uma organização muito complexa, de uma grande dimensão. Se retirarmos os efectivos existentes pelo menos em quatro ministérios - Saúde, Educação, Defesa Nacional e Administração interna -, ficamos com 150 mil funcionários», acrescentou.
Para além da «fundamentação mais objectiva» relativamente à reução do número de funcionários públicos, João Figueiredo questionou «se, porventura subjacente a propostas desse género, existem opções que são de natureza política, como por exemplo de privatização integral do sistema de saúde ou dos serviços de educação».