Portugal consagrou em 2005 quase um quarto do PIB à Segurança Social, em linha com a média comunitária, segundo o Eurostat. Para Vieira da Silva, estes dados confirmam apenas que se vive melhor e durante mais tempo em Portugal.
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Portugal consagrou em 2005 o equivalente a 24,7 por cento do seu Produto Interno Bruto (PIB) à Segurança Social, em linha com a média da União Europeia, revela um relatório divulgado esta quinta-feira pelo Eurostat.
O documento indica que a média comunitária foi de 27,2 por cento, mas destaca «grandes disparidades» entre os 27 Estados-membros, já que a parte de despesas de Segurança Social varia entre os 32 por cento na Suécia e os 14,2 por cento na Roménia, encontrando-se Portugal a meio da tabela.
O Eurostat apontou que as despesas com a Segurança Social aumentaram em todos os Estados-membros entre 2000 e 2005, tendo crescido em Portugal 3,8 por cento, acima da média comunitária, de 2,1 por cento.
Entretanto, questionado pelos jornalistas, o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social disse que estes dados confirmam apenas que se vive melhor e durante mais tempo em Portugal, o que corresponde a «uma melhor qualidade de vida».
«A comunidade dedica uma parte mais significativa à garantia da qualidade de vida desses concidadãos, de forma realista e sustentável», não deixando «de acompanhar aquilo que são as mudanças da sociedade», disse.
Vieira da Silva salientou que parte do apoio da Segurança Social vai para «os idosos, a promoção da natalidade e a «protecção de situações em risco de fragilidade social».
«Não me parece que estejamos ainda longe de atingir os valores que outros países atingem», mas é necessário «continuar a melhorar a nossa protecção social e temos de fazê-lo de forma a não comprometer o futuro», frisou.
O ministro disse ainda que Portugal tem actualmente as «contas equilibradas, o que permite que a atenção aos sectores sociais possa continuar a ser uma prioridade».