O governo israelita liderado por Ariel Sharon decidiu avançar em definitivo para a retirada dos seus colonatos da Faixa de Gaza. A decisão provocou a demissão do ministro das Finanças Benjamin Netanyahu, que nunca concordou com este projecto.
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O governo israelita deu este domingo "luz verde" para o avanço da retirada de colonatos da Faixa de gaza, o que provocou a demissão do ministro das Finanças do Executivo de Ariel Sharon, Benjamin Netanyahu, que sempre se opôs a esta ideia.
O antigo primeiro-ministro israelita justificou a sua saída do Governo com o facto de a retirada proposta pelo seu rival Ariel Sharon ser feita «sem pedir nada em troca».
«Não posso ter parte nesta manobra irresponsável que divide as pessoas e prejudica a segurança de Israel e faz perigar a posição de Jerusalém no futuro», acrescentou Netanyahu na sua carta de demissão.
A retirada de todos os 21 colonatos israelitas da Faixa de Gaza e de outros quatro dos 120 que Israel tem na Cisjordânia, que deverá começar já na próxima semana.
A saída da Faixa de Gaza é apoiada pela maior parte dos israelitas, contudo é vista por alguns elementos da direita israelita como uma traição e uma capitulação perante os palestinos.
O abandono de Netanyahu, de 55 anos, deverá significar que o até agora titular da pasta das Finanças deverá disputar no futuro a liderança do veterano Ariel Sharon, que já tem 77 anos.
A saída de Netanyahu do governo provocou uma descida de três por cento nos índices bolsistas israelitas, muito embora os mercados também apoiem a retirada israelita de Gaza.