O Sindicato dos Profissionais de Polícia mostrou-se, esta quinta-feira, indignado pelo facto da direcção nacional da PSP ter aberto mais um processo contra António Ramos, dirigente daquela associação.
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A direcção da polícia não gostou da entrevista que o presidente do Sindicato dos Profissionais de Polícia deu a um jornal onde relacionava o aumento da criminalidade com a imigração.
António Ramos, ouvido pela TSF, diz que as acusações não têm fundamento e que já não são uma novidade.
«Este Governo conseguiu arranjar-me mais processos do que aqueles que tive ao longo de toda a minha carreira de sindicalista», afirmou.
«Cada vez que abro a boca colocam-me um processo. O objectivo é calar e intimidar», acrescentou.
A acusação da PSP considera que as declarações de António Ramos violam o dever de aprumo. O sindicalista discorda e explica porquê.
«O dever de aprumo é a conduta e a postura policial, portanto verifica-se no exercício do dia-a-dia da autoridade. Estão novamente a qualificar-me como se fosse um agente no exercício normal da minha função e não como dirigente sindical», adiantou.
António Ramos promete ainda lutar contra o que considera ser uma injustiça e uma perseguição.