O Sindicato da Pesca do Norte escreveu ao Governo e à PGR a exigir investigações sobre a alegada morosidade de socorro dos homens vítimas de um naufrágio na Nazaré. Para os sindicalistas a falta de meios e de pessoal pode já ter provocado «crimes» similares.
Corpo do artigo
O Sindicato da Pesca do Norte escreveu, esta sexta-feira, ao Governo e ao Procurador-Geral da República (PGR) a exigir o apuramento de responsabilidades na alegada morosidade de socorro dos homens vitimas de um naufrágio, numa praia da Nazaré.
O sindicalista Antóno Macedo contou à TSF que, diante dos «quatro pescadores, incluindo o sobrevivente, que estavam agarrados ao barco» à espera de socorro, «apenas apareceu um jipe da polícia marítima sem quaisquer meios de socorro».
Perante este cenário, «os próprios policias marítimos terão apelado a populares e a jovens surfistas ou com fatos de mergulho» que auxiliassem os tripulantes com vida, «o que não conseguiram».
O Sindicato da Pesca do Norte quer assim que o Governo e a PGR apurem responsabilidades não só neste caso, mas também sobre crimes similares que foram cometidos ao longo dos anos por falta de meios e pessoal.
Os sindicalistas solicitam um apuramento sobre o que tem falado, nomeadamente na descaracterização dos navios salva-vidas e das motos de socorro a náufragos, algo que na opinião do sindicato se trata de um «crime» em relação a situações como a que ocorreu na Nazaré.
O barco «Luz do Sameiro» naufragou, esta sexta-feira, a cerca de 50 quilómetros da praia da Légua, em Pataias, a norte da Nazaré, com sete pessoas a bordo, tendo apenas uma sido resgatada com vida.
Até ao momento, as autoridades encontraram três corpos, permanecendo ainda três tripulantes desaparecidos. Devido à baixa temperatura da água, a possibilidade de estes três homens estarem vivos é escassa.